Beata de cigarro fez arder 5,6 hectares de floresta e mato
Incêndio em Santa Catarina da Serra obrigou ao corte da EN113 no troço de ligação a Ourém
Uma beata atirada para o chão originou, na segunda-feira, 18 de agosto, um incêndio em Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, que obrigou ao corte da Estrada Nacional (EN) 113, incluindo o troço de ligação a Ourém, anunciou a Guarda Nacional Republicana (GNR)
Carla Paixão*
O Comando Territorial de Leiria da GNR informou que na localidade de Gordaria, União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, “uma `pirisca` de cigarro atirada para o chão originou um incêndio que destruiu 5,6 hectares de floresta e mato”, obrigando ao corte da EN113 durante algumas horas e à mobilização de vários meios.
Graças à investigação realizada por militares do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente de Leiria, apoiados pelo Núcleo de Apoio Técnico do Comando Territorial, “foi possível detetar a origem do incêndio, recolher provas para posterior análise e apreender o objeto que lhe deu início”, comunicou a GNR na sua página de Facebook.
Na mesma informação, a GNR vincou que “uma beata não é inofensiva” e lembrou que “atirar uma beata pela janela pode provocar um incêndio”, alertando que “um pequeno gesto pode ter consequências gravíssimas”.
O incêndio em Santa Catarina da Serra deflagrou pelas 13h00 de segunda-feira, 18 de agosto, e no combate às chamas estiveram envolvidos mais de uma centena de operacionais, apoiados por dezenas de viaturas e vários meios aéreos. Cerca das 19h00 do mesmo dia, o fogo foi dado como concluído. Na terça-feira, pelas 07h42, encontrava-se em fase de vigilância.
O tenente-coronel Vítor Correia, do Comando Territorial de Leiria da GNR, citado pela agência Lusa, afirmou que “havia uma beata no ponto de ignição do incêndio” e que “esse vestígio foi sinalizado, recolhido e tratado como elemento de prova, para ser apresentado no processo junto da autoridade judicial”.
O tenente-coronel apelou às pessoas que transitam na via pública e condutores ou ocupantes de viaturas para que tenham o máximo de cuidado e “evitem esse tipo de comportamento”, que “além de ser uma contraordenação no âmbito do Código da Estrada, pode originar um incêndio que pode assumir grandes dimensões e colocar em causa pessoas e bens”.
(*C/LUSA)