Árvore genealógica de Espite desperta curiosidade

Conhecer e reconhecer muitos primos

O feriado de sábado, dia 15, foi um dia muito diferente para a população de Espite. Foi celebrado o “Dia dos Primos”, em festa, num momento onde muitos se puderam aperceber de afinidades familiares, de tempos idos, que desconheciam

AURÉLIA MADEIRA

Duas grandes lonas e muita gente a lê-las, marcou a tarde do feriado, em Espite. A rua entre a Junta de Freguesia e o quartel dos Bombeiros, ficou interditada ao trânsito, para deixar circular o grande número de pessoas que ali se deslocaram, curiosas para saberem quem tinha, afinal, “primos” que não sabiam sê-lo.

Raízes de quatro famílias com as respetivas árvores genealógicas estavam inscritas nas lonas numa iniciativa de um francês, luso descendente, Roland Ferreira, que, como ele próprio conta, um dia encontrou um assento de nascimento dos seus pais e achou que seria fácil fazer a sua própria árvore genealógica. Rapidamente percebeu que não era bem assim.

Investigar as suas raízes levou-o a quatro famílias espitenses, tendo, até hoje, identificadas mais de três mil pessoas e foi a divulgação do seu trabalho de muitos anos que o levou a organizar o Dia dos Primos.

Ao Noticias de Ourém, Roland Ferreira, com 62 anos, explica que a ideia surgiu há três décadas: “Encontrei um assento de nascimento dos meus pais, e vi o nome deles, dos seus pais e avós”.

Foi a curiosidade e a sensação de que seria fácil que o fez iniciar a pesquisa. “Eu nasci em França, fui criado à moda francesa e não tenho nada de português”, afirma. Sem falar a língua portuguesa, na altura, diz que começou “com a genealogia francesa, que é mais estruturada”, mas considera que este “é um testemunho importante”, para os vindouros, “porque eles ficam a conhecer as suas raízes” e é um legado que o deixa feliz, por poder partilhar as suas descobertas com os seus descendentes.

Quanto às quatro famílias estudadas, diz que são os Cardosos/ Cardoso, os Ferreira, os Torcato e os Antunes. “O dia de hoje, afirma Roland, é para mostrar as árvores destas famílias”.

(Notícia completa na edição do Notícias de Ourém de 22/08/2025)