III Seminário Internacional de Arqueologia  

Ourém no centro do conhecimento 

Visitar o Castelo de Ourém e saber que, em tempos idos, algum dos seus antepassados já pisou aquele chão. Ali viveu ou passeou. E que, a partir daquele cume, observou o céu e por ele se orientou. Num espaço e numa paisagem onde criou relações de convivência, familiares, sociais ou mercantilistas. Um dia, esta ideia, por ora imaginária, poderá vir a fazer sentido para um qualquer cidadão oureense. Com base científica. Cruzando dados nas esferas da arqueologia, antropologia, geologia, genética e tecnologia, graças a um projeto, pensado e executado a par e passo com a comunidade, em que a ciência e a história ganham consistência. E humanismo.  

CARLA PAIXÃO  

No sábado, 19 de julho, o Castelo de Ourém acolheu o III Seminário Internacional de Arqueologia, num encontro que reuniu especialistas, investigadores e membros da comunidade científica nacional e internacional. Um evento realizado no âmbito do projeto MEDICE II, a decorrer em Ourém, após ter galgado as fronteiras de Alvaiázere, e que pretende compreender as dinâmicas culturais e de interligação entre grupos regionais. 

Em entrevista ao Notícias de Ourém, a arqueóloga e investigadora Alexandra Figueiredo, do Instituto Politécnico de Tomar e do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, que integra o MEDICE II, falou sobre a essência e os objetivos do projeto, fazendo também alusão às descobertas mais recentes.