Ouro líquido: do olival à mesa 

Irene Dias mantém a tradição. Nos seus olivais, a azeitona é ripada à mão, o pano é estendido debaixo da oliveira, o varejamento é feito com cana, e, se necessário, os ramos são cortados à mão, com serrote. O Notícias de Ourém foi à Soalheira perceber como se faz. 

Este ano há “rica azeitona”, esclarece a proprietária. Mas, nalguns casos, está já algo estragada. “Está melhor, este ano”, completa ainda. “Pensei que estivesse mais estragada”, remata.  

“Se fosse apanhada na primeira semana, dava duas vezes mais”, adianta Fernando Troeira, o homem que corta os ramos da oliveira. Na última campanha encheram-se 30 sacos, mas Fernando aponta 50 a 60 sacos, se a chuva não tivesse estragado o fruto da oliveira.   

Dos quatro olivais, Irene Dias tira azeite para o ano inteiro “e ainda sobra”. Em casa estão ainda 30 litros da última campanha, depois de ter partilhado a colheita com os filhos e oferecido alguns litros.