O grande arquivo da memória de Fátima nasceu há 70 anos

Museu do Santuário de Fátima foi criado a 13 de agosto de 1955, por D. José Alves Correia da Silva. Homem de visão, o bispo de Leiria percebeu que guardar a memória era uma porta aberta para o futuro.

A 13 de agosto, celebrou-se o 70.º aniversário da criação do Museu do Santuário de Fátima, fundado messe mesmo dia em 1955, por D. José Alves Correia da Silva, então bispo de Leiria.

Em 2023, só a Casa dos Santos Francisco e Jacinta Marto, em Aljustrel, recebeu mais visitantes do que o Panteão Nacional, o Palácio Nacional de Mafra ou o Museu Nacional de Arte Antiga. Em relação a 2024, nos quatro espaços museológicos do Santuário de Fátima o número de visitantes aproximou-se de um milhão.

Foi há 70 anos, a 13 de agosto de 1955, que D. José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria, redigiu a carta fundacional do que, na ocasião, foi designado de “Museu-Biblioteca do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima”.

O Museu nasceu com o desafio de “não deixar morrer os testemunhos materiais que ainda restavam do tempo das aparições”. Nos anos 50, o Santuário sofria profundas alterações, ganhava uma nova fisionomia e internacionalizava-se, pelo que era fundamental “não deixar desaparecer esses testemunhos da primeira hora de Fátima e, ao mesmo tempo, olhar para as novas expressões artísticas que o Santuário ia tendo e valorizá-las”.

Outro aspeto importante foi sempre a recolha das expressões de culto dos peregrinos. “Há aqui um programa que pensa no passado, pensa no presente daquela época e perspetiva claramente o futuro”, sublinha o diretor do Museu.

“O que estava na mente de D. José era fazer um grande arquivo da memória deste lugar, sabendo que as instituições só prevalecem se acautelarem a sua memória, porque é isso que lhes dá consciência do que elas são”, afirma.

Fonte: Santuário de Fátima