“A Segurança Rodoviária nos Horizontes da Fé”
Colóquio integrado na bênção dos capacetes
“O capacete que nos protege fisicamente, nesta ocasião, torna- se um sinal de proteção na vida”. Palavras de Carlos Pereira, presidente da Associação Bênção dos Capacetes, no sábado, dia 29, à tarde, no colóquio integrado na 10.ª Bênção dos Capacetes, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, denominado “A Segurança Rodoviária nos Horizontes da Fé”. Neste colóquio, Luís Miguel Ferraz, investigador do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, fez um historial da bênção de veículos em Fátima
Aurélia Madeira
A história desta peregrinação começa em 2014, fruto da iniciativa de três amigos que sentiram o apelo de unir o mundo motard à fé cristã. “A ideia era simples”, afirma Carlos Pereira, presidente da Associação Bênção dos Capacetes, “mas poderosa: reunir motards no Santuário de Fátima para receberem uma bênção especial, pedindo-lhe proteção nas estradas e lembrando os que já partiram”.
O nome escolhido para a associação foi Bênção dos Capacetes, o que, afirma o responsável, se “revelou simbólico e marcante”, visto que “o capacete é o que nos salva em momentos críticos, mas aqui é também o que apresentamos a Nossa Senhora como quem apresenta a própria vida”.
Sempre em crescimento, esta organização conta hoje “com milhares de peregrinos de todo o país e até do estrangeiro, que se reúnem anualmente em Fátima, movidos por uma fé viva, concreta e sobre rodas”. Por isso, o presidente da associação acredita que a “importância desta peregrinação, mais do que um simples encontro, é uma expressão autêntica da espiritualidade popular”, porque “não é só o capacete que é abençoado, é a pessoa, é o caminho, é a vida”.
Diz que o “altar pede proteção, mas também paz, coragem e responsabilidade” sendo este “um momento de comunhão e solidariedade”. Carlos Pereira fala da comoção “que se sente ao ver o recinto do Santuário cheio de braços no ar, alinhados com capacetes erguidos ao céu e lágrimas nos rostos”, sem esquecer “os motards que já partiram” e que, durante a celebração, “são lembrados com emoção e respeito”.