“O dono disto tudo” pairou na AMO
Nuno Batista (PS) denuncia cultura de medo na política oureense
Na última sessão da Assembleia Municipal de Ourém antes das eleições autárquicas, o deputado socialista, Nuno Batista, fez um discurso “afiado”, denunciando a influência de uma “eminência parda” que condiciona a vida política no concelho desde 2009
CARLA PAIXÃO
Num momento de elevado simbolismo político e democrático, precisamente no Dia Internacional da Democracia (15 de setembro), o deputado municipal do PS, Nuno Batista, protagonizou uma das mais incisivas intervenções da última sessão da Assembleia Municipal de Ourém (AMO) antes das eleições autárquicas de outubro.
Sem rodeios, o deputado traçou um retrato sombrio da realidade política concelhia, denunciando a existência de um “dono disto tudo” — uma figura que, segundo afirmou, atua nos bastidores da política local desde 2009, manipulando decisões, influenciando listas eleitorais e condicionando liberdades.
“A história das eleições autárquicas no concelho de Ourém, pelo menos desde 2009, tem, como a história do país, um ‘dono disto tudo’, uma eminência parda. Alguém que mexe os cordelinhos e decide na sombra, sem nunca se expor, sem nunca assumir responsabilidades”, declarou.
Batista reconheceu, com alguma ironia, que essa mesma figura foi “essencial para a vitória do PS em 2009”, mas acusou-a de, em 2017, ter mudado de campo, contribuindo “com os mesmos jogos de bastidores” para o regresso do PSD ao poder.
(Artigo completo na edição de 19/09/2025)