Do “Rali-Tascas” ao Seminário 

Entrevista: Miguel Francisco, 23 anos, seminarista 

Miguel Francisco, de 23 anos, natural de Souto da Carpalhosa (Leiria), vive uma fase importante da sua vocação. Seminarista do 5.º ano, faz estágio pastoral na Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, em Ourém, e foi instituído acólito a 1 de junho, durante a Eucaristia do Dia Jubilar das Famílias e dos Jovens. Reside no Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais, em Lisboa, e está no último ano do Mestrado Integrado em Teologia, na Universidade Católica Portuguesa. Nesta entrevista, dá-nos a conhecer o seu percurso, a vida no Seminário e os desafios de ser jovem e responder a um chamamento divino nos dias de hoje. 

Por, Carla Paixão 

Vamos recuar ao Souto da Carpalhosa, o lugar das suas raízes. Quem era o Miguel daquela época? 

Era bem diferente do que sou hoje. Na altura, não tinha ligação à igreja e passava muito tempo a jogar no computador. Cresci numa escola pequena em Várzeas, com poucos alunos, num ambiente muito familiar. Vivia naquele ambiente acolhedor da “terrinha”. 

E além da escola e dos jogos, como ocupava os seus dias? 

Depois das aulas, jogávamos à bola como uma grande família. Eu jogava na associação das Várzeas, o meu pai jogava nos veteranos. Depois da primária, fui para a escola da Carreira com os mesmos amigos, mantendo esse ambiente familiar, apesar da escola ser maior. Também ajudava muito os meus avós, que moravam ao lado e com quem almoçava todos os dias. Eles sempre tiveram uma presença forte na minha vida.