AD cresce, Chega ganha força e PS perde domínio territorial 

Legislativas 2025 desenham novo mapa político  

As Eleições Legislativas de 18 de maio marcaram uma viragem histórica no panorama político nacional. O Parlamento que agora se desenha será dos mais fragmentados da história democrática portuguesa. 

CARLA PAIXÃO 

A Aliança Democrática (AD), coligação entre o PSD e o CDS-PP, venceu as eleições, sem maioria absoluta, com 32,10% dos votos (89 deputados). O Partido Socialista (PS) sofreu a sua maior derrota desde 1987, obtendo apenas 23,38% (58 deputados), e poderá ainda ser ultrapassado pelo Chega, que alcançou 22,56% (58 deputados), uma vez que faltam ser atribuídos quatro mandatos após o apuramento dos votos da emigração. 

O mapa eleitoral nacional confirma uma clara viragem à direita e uma retração significativa da esquerda, que obteve a soma de votos mais baixa desde o 25 de Abril. 

Santarém vira à direita 

No distrito de Santarém, a AD reforçou a sua posição ao conquistar 30,60% dos votos e eleger quatro deputados, mais um do que em 2024. A coligação foi a força mais votada em nove dos 21 concelhos, com especial destaque para Ourém, onde obteve 48,50%. Resultados expressivos também foram registados em Rio Maior, Mação, Sardoal e Alcanena.