Cardeal arcebispo de Manaus apela à paz 

O chapéu que guardou a chuva na noite de 12 de outubro, serviu, na manhã de dia 13, para proteger do sol no recinto do Santuário de Fátima. 180 Mil peregrinos participaram na peregrinação presidida pelo cardeal arcebispo de Manaus, Brasil. 

“Diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, peçamos a paz. Peçamos à Rainha da Paz que converta, transforme o coração dos que alimentam o ódio, a vingança, a destruição, a morte, e se instaure a fraternidade, a irmandade”, afirmou D. Leonardo Steiner, na homilia da Eucaristia de 13 de outubro, no Santuário de Fátima. “Imploremos a paz. Vamos repetir: a paz!”, acrescentou. 

O cardeal arcebispo de Manaus fez uma referência especial aos indígenas da Amazónia para defender que “cesse o desmatamento, termine a pesca predatória, desapareça o garimpo ganancioso, destruidor e depredador”.  

 “Aqui, aos pés da Virgem, elevo a prece pelos indígenas: que sejam respeitados no seu modo de vida, na sua cultura”, disse. 

D. Leonardo Steiner pediu ainda que “os pobres sejam integrados na sociedade” e “os migrantes acolhidos nas nossas comunidades”. Em Fátima, disse ainda, “estamos para suplicar, colocar as nossas dores e sofrimentos aos pés da Virgem de Fátima. Mas também aqui estamos para agradecer”.  

No final da Eucaristia e antes da procissão do Adeus, o bispo de Leiria-Fátima desafiou os fiéis a construir um mundo de “paz e justiça para todos”. D. José Ornelas defendeu que “a paz é a grande mensagem que levamos hoje para o nosso coração, para as nossas famílias, para o nosso mundo”, acrescentou. 

O também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa manifestou a sua solidariedade para com os povos da Amazónia, recordando o Sínodo especial para a região que o Papa promoveu em 2019. 

Participaram nas celebrações 181 grupos organizados de fiéis oriundos de 31 países. Destes, 7.500 peregrinos são provenientes de países como Vietname, Espanha, Itália, Áustria, Croácia, Brasil, Canadá, China ou Indonésia. O país com mais grupos inscritos foi a Itália, com 28 grupos, seguindo-se os Estados Unidos, com 23 grupos, e Portugal e Polónia, com 22.