Missão e futuro para as organizações de intervenção social exige trabalho conjunto 

“Não há missão e futuro para as organizações de intervenção social sem vocês”, afirmou o bispo da diocese de Leiria-Fátima aos responsáveis de instituições de solidariedade social presentes na conferência subordinada a este tema, a 3 de maio, em Fátima. D. José Ornelas lembrou a missão de “acompanhar e empoderar” as pessoas, num serviço onde “a boa vontade não chega”. Para isso, é fundamental competência, conhecimento e “temos de trabalhar juntos”, realçou o prelado. Também a “formação e inovação”, importantes para cumprir bem a missão e garantir o futuro das organizações”, foram assinaladas nas conclusões dos trabalhos. 

 Mas também importa que estes profissionais tenham melhores condições de trabalho e remunerações mais elevadas, sublinhou o bispo, lembrando que “as pessoas que trabalham no sector social são deficientemente retribuídas”.  

No tempo da “nova categoria ética, a indiferença”, António Bagão Félix assinalou que na “sociedade de mercado valoriza-se mais o crescimento económico que o desenvolvimento humano” com “primazia do número”. E a solidariedade “exige a ética da reciprocidade: tratar os outros como gostaria de ser tratado”, contrapôs.